Marketing Médico: por que ele é tão necessário nos dias de hoje?
O marketing é uma estratégia que tem como objetivo a divulgação e fortalecimento de um produto, marca ou serviço. Assim, visa conquistar clientes e destaque diante da concorrência. Contudo, como o marketing médico se torna relevante na vida do profissional, sem que os princípios éticos sejam comprometidos?
Utilizar essa ferramenta para divulgação de clínicas, consultórios e serviços, o médico pode atrair mais pacientes, fidelizá-los e se tornar autoridade em sua área de atuação, desde que siga as normas estabelecidas pelo CFM (Conselho Federal de Medicina).
Quer entender a importância de aplicar o marketing médico em sua clínica e quais condutas devem ser tomadas para a utilização dessa estratégia?
O que é marketing médico?
O marketing médico é um conjunto de ações que tem como objetivo melhorar a percepção das pessoas sobre o trabalho do profissional, conquistar mais pacientes e, consequentemente, elevar a receita do seu negócio e criar notoriedade em sua área de atuação.
As estratégias do marketing médico podem gerar, além do aumento da lucratividade e autoridade, diferenciais importantes para lidar com a concorrência. Tudo isso, porque muitos profissionais, mesmo ainda que sem experiência e qualificação completa, investem em uma comunicação ativa. Consequentemente, elevam a concorrência para outro patamar no mercado de trabalho.
Por que o médico precisa de marketing?
Ser um profissional competente, com excelente formação acadêmica, especializações e atendimento diferenciado são fatores decisivos para a fidelização dos pacientes. Contudo, todos esses esforços não significam muito, quando o médico não consegue atrair o seu público alvo.
Por este motivo, o marketing médico é tão necessário nos dias de hoje. Desenvolver ações estratégicas com planejamento, é a melhor forma de levar seu serviço até o paciente, atraindo-o até seu consultório com boas práticas e respeitando as normas exigidas.
Quais os tipos de marketing médico?
O marketing médico é dividido em dois tipos de ferramentas: on-line e off-line. Entre as ferramentas off-line de comunicação estão a televisão, rádio, outdoors, revistas, jornais, cartazes e folders.
Já entre as ferramentas on-line, podemos listar:
- sites;
- blogs;
- Facebook;
- LinkedIn;
- Instagram;
- Twitter;
- WhatsApp e outros.
Contudo, para a divulgação em qualquer tipo de ferramentas de marketing médico, o profissional deverá estar alinhado às normas relacionadas à publicidade médica, estabelecidas pelo CFM.
Quais os benefícios do marketing médico?
Além de atrair novos pacientes e ajudar em sua fidelização, o marketing médico oferece outras vantagens ao profissional que investe nessa ferramenta. Entre os principais benefícios, o marketing médico contribui para:
- posicionamento de imagem e visibilidade de seus serviços;
- relacionamento mais próximo com os pacientes, melhorando a relação de confiança;
- crescimento da receita operacional;
- fidelização junto a seus pacientes;
- aumento de credibilidade em relação aos serviços prestados;
- maior autoridade e reconhecimento da marca pessoal.
A estratégia de marketing médico também oferece benefícios para os pacientes, visto que o profissional fornece conteúdos úteis sobre saúde e bem-estar, além do canal de comunicação mais curto. Dessa forma, facilita o agendamento de consultas on-line e o recebimento de e-mail marketing.
Quais as vantagens diante da concorrência?
O marketing permite que o profissional realize um reconhecimento de mercado. Assim, é possível entender onde seu posicionamento deve ser feito em relação à concorrência, e como o médico pode investir em diferenciais para destacar-se de maneira positiva em determinado segmento.
Essa é uma boa forma de medir quando se deve investir para obter resultados. Afinal, se os concorrentes não possuem ações e relevância, a oportunidade é maior.
Existe uma forma correta de fazer marketing médico?
É comum que muitos profissionais entendam o marketing médico apenas como uma postagem nas redes sociais. No entanto, o marketing é uma estratégia, a qual reúne dados para que seja escolhida a melhor ferramenta e forma de atuação.
Por isso, a forma correta de fazer marketing médico é seguindo orientações de profissionais da área no planejamento e elaboração de estratégias. É preciso avaliar o investimento que poderá ser utilizado, bem como o retorno esperado. Assim, é possível que a campanha não seja abandonada antes do final da implantação. Da mesma forma, o segredo do negócio está em respeitar as normas estabelecidas pelo CRM, em relação a publicidade médica, é fundamental.
O que funciona para um médico vai funcionar para todos?
Nem sempre uma ferramenta do marketing médico é a ideal para todos os profissionais. Por isso, é importante que o médico receba orientações sobre o assunto.
Dessa forma, é possível descobrir quais são as melhores formas de aplicar a estratégia em sua área de atuação. Isso garante que o médico possa trabalhar de forma correta e segura. Dessa forma, você evita erros e problemas no futuro.
O que é permitido pelo CRM sobre a publicidade médica?
O médico deve utilizar a publicidade como uma forma de levar valor educativo à sociedade. Por isso, deve estar ciente e ter cuidado em relação às normas existentes. Isso porque, de acordo com a Resolução CFM nº1974/11 que trata da publicidade de assuntos médicos, é vedado ao profissional a divulgação de qualquer informação sobre os assuntos médicos de forma promocional, sensacionalista ou com conteúdo inverídico.
Outras atividades negadas são a participação do profissional em programas de televisão, que não sejam para esclarecimento e educação, a divulgação de seus títulos científicos e especializações que não estejam qualificadas e registradas no CRM.
Quais cuidados o médico deve tomar?
A abordagem da Resolução do CFM trata da publicidade em si e também estabelece limites éticos para a atuação pública do médico. A seguir, confira alguns cuidados que se deve tomar ao realizar o marketing médico, conhecendo ações vedadas pelas regras do CFM:
- utilizar expressões que exaltem superioridade no objeto de campanha;
- sugerir ser o único médico capaz de realizar determinado tratamento;
- assegurar o sucesso de um produto ou tratamento;
- utilizar imagem de pessoas publicamente conhecidas afirmando usar serviços médicos;
- sugerir diagnósticos e tratamentos de forma genérica;
- usar imagens impactantes de transformações em qualquer sentido;
- dirigir mensagens que associam o profissional a ganhos de autoimagem;
- divulgar valores de serviços ou formas de pagamento como diferencial competitivo.
O médico pode criar vídeos sobre patologias em suas redes sociais?
O profissional poderá desenvolver esse tipo de material sempre com caráter informativo. Contudo, deve-se a exibição de pacientes e condutas similares a uma consulta on-line. Ao responder dúvidas e questões de pacientes que possam surgir, o médico deve tratá-la de forma abstrata, evitando orientações diretas.
Além disso, é vedado ao profissional qualquer conduta que não seja orgânica para a captação de pacientes durante vídeos e lives médicas. Ou seja, é proibido utilizar termos como “siga minhas redes sociais, mais informações no meu site”, assim como a publicidade dos contatos por telefone.
O médico pode divulgar seu atendimento por teleconsulta?
A divulgação sobre atendimento por meio de teleconsulta pode ser feita, desde que o profissional tenha o posicionamento adequado. Isto é, você evita sensacionalismo e outras práticas vedadas pela Resolução. Informar aos pacientes sobre este tipo de atendimento se tornou fundamental diante da necessidade do isolamento social.
Por que é importante buscar especialização em marketing médico?
Assim como o médico realiza especializações para elevar seus conhecimentos, em assuntos específicos relacionados à saúde, o profissional deve buscar cursos, como os oferecidos pelo IEFAP, para investir em marketing médico.
Dessa maneira, você evita condutas que possam causar problemas éticos e também a aplicação de esforços em ações que não tenham boas práticas, levando resultados negativos a sua clínica ou consultório.
Fonte: Medicina Dia a Dia
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